terça-feira, 19 de março de 2019

Comissão de Educação aprova projeto que permite o ensino de capoeira nas escolas




A Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE) aprovou nesta terça-feira (19) projeto de lei que reconhece o caráter educacional e formativo da capoeira e autoriza escolas públicas e privadas da educação básica a celebrarem parcerias com entidades que congreguem mestres e profissionais de capoeira para ensinar a seus alunos essa prática esportiva e cultural.
Ainda segundo o PLS 17/2014, de autoria do ex-senador Gim Argelo, que integrou a bancada do Distrito Federal na legislatura passada, o ensino de capoeira deve ser integrado à proposta pedagógica.
O projeto foi aprovado em decisão terminativa e agora seguirá para exame na Câmara dos Deputados. Porém, poderá ser examinado pelo Plenário do Senado, caso seja apresentado recurso com essa finalidade.

Modificações

O relator da proposta, senador Otto Alencar (PSD-BA), conseguiu apoio para introduzir duas alterações no texto, a primeira para a troca do termo “ensino fundamental e ensino médio” para “educação básica”, ampliando a possibilidade de oferta de aulas de capoeira inclusive para crianças do ensino infantil.
A outra modificação tirou a subordinação dos mestres e profissionais contratados para o ensino da capoeira ao professor de Educação Física. De acordo com Otto Alencar, a subordinação iria limitar as possibilidades de aproveitamento da cultura da capoeira no âmbito escolar. Lembrou que diversas escolas têm utilizado, por exemplo, os recursos didáticos fornecidos pela capoeira em atividades nas áreas de música, de artes cênicas e, até mesmo, na educação ambiental.
Assim, entende o senador, deve ficar a critério da escola, no contexto de seu plano pedagógico, definir como se dará a inserção do profissional de capoeira em sua programação didático-pedagógica.

Riqueza pedagógica

Otto Alencar lembrou que, desde a década de 1970, há iniciativas sistemáticas relacionadas ao emprego da capoeira como ferramenta pedagógica nos diversos níveis de ensino. Observou que a modalidade possui um potencial reconhecido, por conta de sua riqueza em termos de movimento corporal, musicalidade e socialização.
Entre os senadores que festejaram a aprovação do projeto, Lídice da Mata (PSB-BA) disse que o projeto reforça a importância de manifestação que valoriza a herança cultural afrobrasileira, apoiada na transmissão ancestral de práticas, a partir dos mestres aos aprendizes.

Celebração

A aprovação da matéria acabou se transformando numa celebração à força da manifestação cultural da capoeira, desenvolvida por escravos africanos que viviam na Bahia e hoje praticada em todos os estados do país e em muitos países. Otto Alencar, que praticou capoeira na juventude, tendo sido aluno do célebre Mestre Bimba, ofereceu um berimbau ao presidente da CE, senado Romário (PSB-RJ). Antes da entrega, executou alguns toques no instrumento musical, um dos que servem para marcar as evoluções da capoeira. Os colegas aplaudiram.
Otto Alencar também contou que o Mestre Bimba, já idoso, dizia que a pior escravidão enfrentada pelo negro era a falta de acesso à educação, pois assim não conseguia de fato se igualar aos brancos. Também relatou curiosidades sobre a capoeira, inclusive sobre a origem do nome. Segundo ele, muitas vezes negros submetidos a maus tratos aplicavam golpes de rasteira nos feitores e depois fugiam para áreas de um tipo de mato baixo comum no Recôncavo Baiano.
— Dizia-se que esse negro era um ‘capoeira’, em razão da fuga para o matagal — explicou.

Disfarce

A filósofa e educadora Heidi Strecker lembrou que a capoeira chegou ao Brasil junto com os escravos africanos e em terras brasileiras foi adaptada para o que é hoje. Tratava-se de uma maneira de os negros mostrarem resistência, mas, para não levantar suspeitas, cantos e movimentos foram incorporados. Assim, ficou mais parecida com uma dança.
A capoeira foi proibida pelo Código Penal de 1890 e os praticantes foram perseguidos pela polícia, o que perdurou até 1937. Depois, a prática passou a ser estruturada em duas escolas: a Capoeira Angola e a Capoeira Regional.
“Nós, brasileiros, orgulhamo-nos de ser o povo criador da capoeira, arte hoje presente em praticamente todos os países do mundo. Entretanto, há muito a fazer para difundi-la, com qualidade e orientação pedagógica, em nosso próprio país”, argumenta o ex-senador Gim na justificativa do projeto.
Nos últimos anos a capoeira recebeu duas importantes distinções como manifestação cultural: o registro como Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil, por iniciativa do Instituto do Patrimônio Histórico e Cultural (Iphan), em 2008, e o reconhecimento da roda de capoeira como Patrimônio Cultural da Humanidade pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), em 2014.
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

sábado, 23 de fevereiro de 2019

Judeus ultraortodoxos jogam capoeira em Israel

Salve, salve, meus irmãos capoeiras.
Mais um vídeo mostrando que capoeira é pra homem, menino e mulher, sem distinções.
E vambora vadiar!

segunda-feira, 12 de junho de 2017

UMA IÚNA PARA MESTRE PATINHO

Mestre Patinho, em roda na praça Nauro Machado















O artista popular Antônio José da Conceição Ramos, mais conhecido como Mestre Patinho, faleceu em São Luís, na manhã deste domingo (11), aos 66 anos. Ele era considerado referência em capoeira no estado. Formado em Educação Física pela Universidade Federal do Maranhão (Ufma), mestre de capoeira, atleta de judô, karatê e jiu jitsu, bailarino clássico e especialista em ginástica olímpica, Mestre Patinho criou a primeira Escola de Capoeira do Maranhão, no Laborarte.












Mestre Patinho apaixonou-se pela capoeira à primeira vista e teve suas primeiras aulas com Jessé Lobão e depois com Roberval Serejo. No final da década de 60, conheceu aquele que viria a ser seu grande mestre nessa arte, o baiano Mestre Sapo. Em 1985, fundou a Escola de Capoeira do Laborarte e, em 1992, o ‘Festival de Cânticos da Capoeira’ para evidenciar a musicalidade como um dos principais fundamentos da capoeira. Em 1990, o mestre Canjiquinha reconheceu publicamente Patinho como mestre descendente de sua linhagem.






Quando deu início às atividades da Escola de Capoeira Angola do Laborarte, Mestre Patinho colocou-se diante de um grande desafio: quebrar o estigma da capoeira vista apenas como uma luta de tendências violentas. Para tanto, ainda no final da década de 80, criou a roda aberta a capoeiristas de outros grupos, que existe até hoje.





O Festival de Cânticos, realizado durante cinco anos consecutivos, também fez parte da estratégia de divulgação da capoeira como arte, além do IÊ! Camará – ‘Encontro de Capoeira Angola’ cujo objetivo era aprofundar os conhecimentos sobre o movimento. Nas seis edições do evento, São Luís recebeu mestres como Canjiquinha, Paulo dos Anjos e Leopodina, já falecidos. Moraes, Nô, Augusto, Lua Rasta e o historiador Fred Abreu também abrilhantaram o IÊ Camará.

Leia mais: http://jornalpequeno.blog.br/manoelsantos/2017/06/12/mestre-patinho-idolo-da-capoeira-no-maranhao-morre-em-sao-luis/#ixzz4jnEJKT8i




quinta-feira, 25 de maio de 2017

TREINO COM A GALERA BOA DO RAÍZES

TREINO COM A GALERA BOA DO RAÍZES







CAPOEIRA RAÍZES MAIS FORTE DO QUE NUNCA

Depois da mudança para a nova sede de treinamento, os trinos estão acontecendo todas as segundas e sextas feiras, das 19:00hs as 21:00hs, sob a supervisão do Mestre pedro, Professor Naldo e Monitores.

  As matrículas estão abertas para crianças a partir de 7 anos, jovens e adultos, sendo o treinamento adaptado para cada faixa etária.

Estamos de portas abertas para receber nossos parceiros.

Salve, Capoeira... 
















quarta-feira, 17 de maio de 2017

NOTA DE ESCLARECIMENTO

A Associação Cultural Afrobrasileira Raízes informa que, devido ao desligamento do mestre Nelson da nossa Associação, não estamos mais desenvolvendo atividades na sede da ACIBR, na rua Hungria, entidade da qual o mestre Nelson é presidente. 

Estamos sediados na Rua Bolívia, 246 (Rua em frente a praça da Paixão) no bairro do Anjo da Guarda, em parceria com o CAN (Clube Amigos da Natureza) sob o comando do Mestre pedro e do professor Naldo. 



Estamos com matrículas abertas para crianças a partir de 6 anos de idade e adultos. E como sempre, estamos de portas abertas para os nossos camaradas Capoeiras.

"Dê uma rasteira nas drogas, pratique Capoeira"

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

Capoeira Raízes por aí a fora!

Evento da FEDERAÇÃO MARANHENSE DE CAPOEIRA NO BAIRRO DO MONTE CASTELO - SÃO LUÍS - MA-






RODA NA SEDE DA ASSOCIAÇÃO NO BAIRRO DO ANJO DA GUARDA
- SÃO LUÍS - MA -





EVENTO DE JIBOIÃO NA CIDADE DE PINHEIRO - MA






RODA NO CONVENTO DAS MERCÊS
- SÃO LUÍS - MA -